Late Static Bindings

O PHP implementa um recurso chamado late static bindings que pode ser usado para referenciar a classe chamada no contexto de herança estática.

Mais precisamente, late static bindings funcionam através do armazenamento do nome da classe na última "chamada não encaminhada". No caso de chamadas a métodos estáticos, é a classe explicitamente chamada (normalmente o nome a esquerda do operador ::); no caso de chamadas a métodos não estáticos, é o nome da classe do objeto. Uma "chamada encaminhada" é àquela estática, realizada pelos prefixos self::, parent::, static::, ou, se subindo na hierarquia de classes, forward_static_call(). A função get_called_class() pode ser utilizada para recuperar uma string com o nome da classe chamada e static:: introduz seu escopo.

Esse recurso foi chamado de "late static bindings" de uma perspectiva interna em mente. "Late binding" vem do fato que static:: não será resolvido usando a classe onde o método foi definido, mas computada utilizando informações em tempo de execução. É também chamado "static binding" pois pode ser utilizado em (mas não limitado a) chamadas de métodos estáticos.

Limitações do self::

Referências estáticas para a atual classe como self:: ou __CLASS__ são resolvidas usando a classe na qual a função pertence, como onde ele foi definido:

Example #1 Uso do self::

<?php
class A {
    public static function who() {
        echo __CLASS__;
    }
    public static function test() {
        self::who();
    }
}

class B extends A {
    public static function who() {
        echo __CLASS__;
    }
}

B::test();
?>

O exemplo acima produzirá:

A

Uso de Late Static Bindings

Late static bindings tenta resolver a limitação introduzindo uma palavra-chave que referencia a classe que foi inicialmente chamada em tempo de execução. Basicamente, é uma palavra-chave que permite referenciar B em test(), no exemplo anterior. Foi decidido não introduzir uma nova palavra-chave, mas usar static, já reservada.

Example #2 Simples uso do static::

<?php
class A {
    public static function who() {
        echo __CLASS__;
    }
    public static function test() {
        static::who(); // Here comes Late Static Bindings
    }
}

class B extends A {
    public static function who() {
        echo __CLASS__;
    }
}

B::test();
?>

O exemplo acima produzirá:

B

Note:

Em contextos não estáticos a classe chamada será a classe da instância do objeto. Assim como $this-> chamará métodos privados do mesmo escopo, utilizar static:: pode ter resultados diferentes. Outra diferença é que static:: só pode referenciar propriedades estáticas.

Example #3 Uso do static:: em um contexto não-estático

<?php
class A {
    private function foo() {
        echo "success!\n";
    }
    public function test() {
        $this->foo();
        static::foo();
    }
}

class B extends A {
   /* foo() será copiado para B, assim seu escopo ainda será A e
    * e a chamada funcionará */
}

class C extends A {
    private function foo() {
        /* método original foi substituído, escopo agora é C */
    }
}

$b = new B();
$b->test();
$c = new C();
$c->test();   //fails
?>

O exemplo acima produzirá:

success!
success!
success!


Fatal error:  Call to private method C::foo() from context 'A' in /tmp/test.php on line 9

Note:

As resoluções de Late static bindings terminarão quando a chamada é realizada sem retorno. Por outro lado chamadas estáticas utilizando instruções como parent:: ou self:: irão repassar a informação do chamador.

Example #4 Chamadas repassadas e não repassadas

<?php
class A {
    public static function foo() {
        static::who();
    }

    public static function who() {
        echo __CLASS__."\n";
    }
}

class B extends A {
    public static function test() {
        A::foo();
        parent::foo();
        self::foo();
    }

    public static function who() {
        echo __CLASS__."\n";
    }
}
class C extends B {
    public static function who() {
        echo __CLASS__."\n";
    }
}

C::test();
?>

O exemplo acima produzirá:

A
C
C